Se você é que nem eu, que não aguenta ver alguma coisa diferente no mercado e sai logo comprando, deve ter passado por esta situação: “Pronto, comprei! E agora? Como faz para comer isto?”. Claro que para isto sempre tem o Google, salvador até de causas quase perdidas. Temos alguns lugares aqui em Curitiba que sempre estão vendendo produtos não comuns por aqui. Foi o caso deste cacau, que não resisti e trouxe para casa.

Cacau

Sobre o Cacau – História

O cacaueiro (Theobroma cacao, que significa alimento dos deuses) é a árvore que dá origem ao fruto chamado cacau. É da família Malvaceae e a sua origem é a América do Sul. Atinge entre 4 a 8 metros de altura e possui duas fases de produção: temporão (março a agosto) e safra (setembro a fevereiro). O cacau é a principal matéria-prima do chocolate, feito por meio da moagem das suas amêndoas secas em processo industrial ou caseiro. Outros subprodutos do cacau incluem sua polpa, suco, geleia, destilados finos e sorvete.

O cacau é originário das regiões tropicais da América Central . O cacau era considerado pela civilização maia, por ser uma fruta apimentada, um alimento que deveria ser ingerido com “parcimônia e elegância”, devido ao seu sabor amargo; e era dado, diretamente pelosdeuses aos homens; antes de Cristóvão Colombo, era consumido apenas pelos Sacerdotes da e para a Entidade Sol. E, de tão importante, virou até moeda de troca o “Cacau” ou “Solaris” (outro nome da mesma moeda).

Nessa época, no Brasil colonial, primeiramente e depois com a exportação, a partir de 1808, para toda a América Latina, pois Maria I de Portugal, Brasil e Além-Mar aceitava essa “quase-moeda”, o “cacau” e/ou “solaris” (casa do sol), como crédito. Não se fazia o cacau o que conhecemos hoje como Chocolate. Fazia-se uma bebida de sabor amargo – apimentado, com as sementes torradas e moídas misturadas com água, “semelhante ao preparo do cafezinho”, da forma de Cristóvão Colombo), que muitas vezes acrescentava o café à bebida apimentada sagrada dos mexicanos. Segundo alguns estudiosos, atualmente acrescenta-se a pimenta ao chocolate, para voltar ao sabor de antigamente.

Nos nossos dias, o chocolate movimenta globalmente uma economia de 60 bilhões de dólares/ano, enquanto os produtores de cacau ficam apenas com 3,3% da renda gerada.

No Brasil, ele foi cultivado primeiramente na Amazônia, onde já existia em estado natural, próximo ao clima do México, devido ao rio Amazonas. Depois, pelo rio Amazonas, passou para o Pará e pelo mar chegou finalmente à Bahia, onde melhor se adaptou ao solo e ao ambiente marinho, e causou o chamado “Boom” da época de 1930. (Wikipedia)

Sobre o Cacau – Como Utilizar

Pois bem, depois de um pouco da “história do cacau”, a fruta que dá origem a um dos alimentos mais amados do mundo, vamos a um pouquinho de prática. No cacau nós podemos utilizar a sua polpa e as suas sementes. Da polpa, obtemos sucos, geleias, etc. Das sementes, vem o chocolate, que com um pouquinho de esforço podemos produzir em casa. Se a intenção é provar o sabor da fruta, tire de sua cabeça que será de chocolate. A polpa que envolve as sementes tem um sabor adocicado e levemente ácido. Para comer, retire cada semente e vá saboreando, como você faz com a jaca.

Cacau 1

Como Fazer Polpa de Cacau

Para obter a polpa, se desejar fazer um suco, coloque as sementes em uma peneira e vá esfregando, para retirá-la, sempre colocando um pouquinho de água. Depois, é só passar pelo liquidificador. Uma vez retirada quase toda a polpa, você poderá passar para o estágio seguinte, produzir pó de chocolate.

Cacau 2

Mergulhe as sementes em uma tigela e cubra com um plástico. Deixe em lugar seco por 3 dias, até que fermentem. Retire da tigela, coloque em uma peneira sobre água corrente e esfregue bem, para que toda a polpa desapareça. Ponha em um papel toalha e leve para secar ao sol. Após isto, asse no forno até que comece a estalar e processe bem. Retire toda a casca e processe. Pronto, você tem o seu chocolate em pó.

Cacau é uma fruta maravilhosa. Vale a pena experimentar e entender toda a importância que ela teve em todo o mundo.